domingo, 11 de maio de 2014

Origem do vulcanismo na Islândia e no Havaí

                Frequentemente esquecemos, na comodidade artificial em que nos instalamos, de que vivemos num mundo feito de ar, água, terra e fogo, como o pretendiam os antigos. E quando a Natureza se manifesta não é só em magníficas paisagens e ambientes paradisíacos; é também na fúria dos Elementos. O Hawaii tem as mais belas praias do mundo e também os mais assustadores vulcões, em constante actividade. Na tormenta ou na serenidade, a Natureza consegue ser surpreendentemente bela.

                O Havaí é geologicamente um lugar único na Terra, pois ela é causada por um “hot spot”. A maioria das ilhas são encontrados nos limites das placas tectônicas ou de centros de expansão (como a Islândia) ou de zonas de subducção (como as ilhas Aleutas). Há poucos hotspots na Terra e o Havaí fica bem no meio de uma das maiores placas da crosta da Terra – a placa do Pacífico. ‘Hot spot’ é uma área no meio de uma placa da crosta terrestre onde ocorre vulcanismo.

Geologicamente é fácil explicar o vulcanismo em centros de chapa de espalhamento e zonas de subducção mas não é tão fácil de explicar um ‘ponto quente “. As quebras de magma fundido através da placa de crosta (teorias descrever como a partir de uma parte fraca / fino da placa ou uma parte particularmente quente do magma fundido). Um ponto quente sob a placa norte-americana é por isso que Parque Nacional de Yellowstone tem gêiseres e outras características térmicas. Se o ponto quente está sob o fundo do mar, (como é no Havaí) produz vulcões submarinos. Alguns destes vulcões sobem até a superfície do oceano e tornar-se ilhas. Ao longo de milhões de anos, a placa pode avançar no hotspot original e mas um novo vulcão vai começar a se formar na área do ‘ponto quente’.
A Islândia é o segundo lugar com maior atividade vulcânica do mundo, ficando atrás apenas do Havaí, conta o geólogo. "A ilha é toda formada só por atividade vulcânica".Isso acontece porque o país fica sobre a junção de duas placas tectônicas, onde uma falha faz com que o material quente sob a crosta terrestre saia em abundância. É como se a ilha estivesse em cima de um vazamento de magma.
Quando alguém pinga uma gota d'água em uma frigideira com óleo quente ocorre uma pequena explosão. É mais ou menos isso que acontece na Islândia, em uma escala muito maior. A água da geleira Eyjafjallajokulle está se misturando a rochas derretidas que estão em alta temperatura, causando explosões e liberando nuvens de poeira tão grandes que chegam a impedir o tráfego de aviões.
O pó fino, formado principalmente por silício (elemento abundante na areia), sobe rapidamente por causa do calor, e pode ser transportado por milhares de quilômetros pelo vento. Por isso, mesmo surgindo a quase dois mil quilômetros do continente, a nuvem atrapalha o transporte aereo na Europa. Ela entra na turbina dos aviões e pode derreter e se acumular lá, estragando as aeronaves. 

Segundo o geólogo Caetano Juliani, professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), esse tipo de poeira pode levar até cinco anos para descer totalmente. "É um material fino, esponjoso, pouco denso. Por isso demora tanto para cair."
Apesar das nuvens grossas que estão surgindo da Islândia formarem uma imagem assustadora, Juliani afirma que essa não é uma emissão de poeira das maiores. "O [vulcão] Yellowstone, em uma de suas explosões, cobriu quase todo o território dos EUA com poeira. O Cracatoa cobriu toda a Europa e mudou até mudou o clima".
Fontes: http://domingos.home.sapo.pt/vulcoes_6.h...
http://obviousmag.org/archives/2007/11/vulcoes_do_hawa.html#ixzz31H5XoLeQ
POSTADO POR: Arthur Anacleto



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